segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DNJ: UM BREVE HISTÓRICO


O DNJ, dia nacional da juventude, surgiu em 1985, durante o ano internacional da juventude, e foi promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de mobilizar-se e construir espaços de participação para pensar e repensar uma nova sociedade. É o dia em que a juventude celebra as lutas anuais, unindo milhares de jovens, que buscam novas relações de vida, pautadas na justiça social.
No Brasil, o DNJ teve início quando acontecia o primeiro Rock in Rio e a campanha das Diretas Já, começava então uma grande luta da juventude brasileira para uma renovação social, onde prevalecesse a igualdade e a fraternidade.
Assim todos os anos organizam-se um dia de festa da juventude, com apresentações, palestras, louvor, abordando temas que ganham vida nas ações e nos gestos concretos realizados em cada cidade.  Reunindo milhares de jovens, a pastoral da juventude, abre discussões férteis, que levam a uma reflexão entre os grupos de todo o Brasil, na intenção de promover o protagonismo juvenil, anunciar sinais de vida e denunciar sinais de morte.
A nível de Maranhão relembramos  os principais temas abordados nos DNJ’S da diocese de Imperatriz.
O DNJ na nossa diocese começou a ter voz em 1994. Com o tema: ”Nossa cara, Nossa cultura” a cidade de João Lisboa viu o poder de uma juventude que descobre os “muitos Brasis” e assim reforça o respeito pelas diferenças culturais.
Em 1995, Açailandia foi o palco escolhido para discutir o tema: ”Juventude e cidadania, construindo a vida”, é hora de acordar para a miséria do seu povo e lutar pela vida, com essa luta as campanhas contra fome ganharam mais força.
Em 1996, ano de eleições municipais a juventude comemora em o seu dia em Cidelândia com gestos democráticos.  Abordando o tema “Juventude e cidadania: eu quero ver o novo poder”, a pastoral da juventude pôde entrar em campo e contribuir com a sociedade, definindo os perfis dos nossos futuros governantes.
Uma nova forma de comemorar o DNJ é colocada em prática aqui em Imperatriz , em 1997, uma grande vigília foi organizada na escola Darci Ribeiro, no bairro São José para debater o tema: “Juventude e direitos humanos, a vida floresce quando a liberdade acontece”. Assim foi possível perceber a força de uma juventude que mobiliza o Brasil de norte a Sul levando a realização de sonhos que até então eram impossíveis. 
Em 1998, o DNJ acontece em Davinópolis. Tratando do tema: “Juventude e direitos humanos, nas asas da esperança gesta a mudança”. A juventude vai às ruas conscientizar que diante da cultura de morte é possível reafirmar a fé na  vida  e apostar na esperança de um novo amanhecer.
Despertando os jovens para uma cultura de solidariedade, em 1999 a pastoral da juventude resolve abordar a temática como: “Juventude e dividas sociais, vida em plenitude trabalho para a juventude”, e aqui na nossa diocese, a discussão dessa temática foi realizada em Amarante, onde foi possível unir um dos maiores públicos  de todos os DNJ’s até então realizados.
2000, foi o ano em que a CNBB elegeu o DNJ como o momento de celebração dos Jubileus de Jovens, e São Pedro da Água Branca viu a força da juventude abordando a temática: “Um sopro de vida”,  revelando  traços de uma sociedade pautada na valorização da vida enquanto DOM  de DEUS.
Em 2001 o foco agora é para uma vida pacífica. Defendendo a vida em primeiro lugar, com uma sociedade sem armas e sem drogas, a temática: “Políticas públicas para a juventude, paz dom de DEUS direito da juventude”, abordou questões importantes para a prática do bem. Neste ano o DNJ foi realizado em nível de micro em função da Romaria da Juventude que aconteceu aqui em Imperatriz.
Em 2002, Açailandia é a cidade escolhida para festejar o DNJ, com o tema: “Políticas públicas para a juventude, a vida se tece de sonhos”, foi aberta a questão da luta que pejoteiros e pejoteiras enfrentam todos os dias, com apenas um propósito, uma sociedade mais justa, pacífica e igualitária.
Em 2003, o DNJ acontece aqui em Imperatriz, intensificando o tema: “Políticas públicas para a juventude: lancemos as redes em águas mais profundas”, a pastoral da juventude, resolve tornar todos os jovens verdadeiros missionários e propagadores do evangelho de Cristo.
Chega a vez de Senador La Roque, em 2004, com o tema: ”Políticas públicas  para a juventude, agente  quer valer o nosso suor agente quer do bom e do melhor”. Com essa temática, pôde-se pautar questões como a oportunidade que tantos jovens querem, mas        não têm, assim dar lugar ao oportunismo, que encobre nossa sociedade.
Em 2005, no Ribeirãozinho, a juventude acorda para seus sonhos e anseios e com o tema: “Políticas públicas para a juventude, juventude vamos lutar chegou a hora do nosso sonho realizar”, a Pastoral da Juventude abre caminhos e motiva pejoteiros e pejoteiras na luta pela transformação da sociedade.
Em 2006, com o tema: ”Juventude que ousa sonhar constrói um Brasil popular”, em Vila Nova dos Martírios, o DNJ ganha força e milhares de jovens são motivados a perseverarem e não desistirem de lutar.
Em 2007, a luta da PJ é pela preservação do ecossistema. Abordando o tema: “Juventude e meio ambiente, é missão de todos nós DEUS chama eu quero ouvir a sua voz”, o DNJ realizado em São Francisco do Brejão, aponta para uma problemática, que tem como principal causador, o homem.
Ano passado, 2008, o DNJ retorna para Imperatriz defendendo a temática: “Juventude e comunicação, queremos pautar as razões do nosso viver”. A PJ entra na luta contra a alienação imposta pelos meios de comunicação.
E este ano a Pastoral da Juventude alerta para um dos grandes problemas  que assola a nossa sociedade. O DNJ deste ano, que acontecerá novamente em Amarante, vem com a temática: “Contra o extermínio da juventude na luta pela vida, juventude em marcha contra a violência”. Neste ano em que o DNJ completa 24 anos acontecidos, alegra-nos o testemunho e a persistência da pastoral da juventude ao ser voz das multidões silenciadas, ao pautar temáticas na defesa da vida e dos direitos juvenis, formando uma grande marcha para a propagação da paz, do amor e da justiça entre os povos, e assim lutar pela mudança  do modo como  a juventude é vista pela sociedade , pela famílias, pela Igreja.

Província Brasileira Central